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sábado, 22 de dezembro de 2012

Como fazer uma verdadeira Semana Pedagógica.



Brasílio Neto 
De saída, um balanço do que foi feito no ano. Durante as próximas quatro horas a diretora vai mencionar o que foi feito durante 2012 na instituição de ensino. Rapidamente, os professores veteranos sacam alguns papéis e começam a anotar furiosamente. Não, não estão interessados na diretora, estão jogando o “Bingo do Discurso”. É simples. Em uma folha de papel, desenhe uma grade e coloque alguns chavões pertencentes a todo discurso. Assim:
Grande família,Interdisciplinaridade, Paradigma,Equipe, Interação, Formação, Cooperação, PCN, Temas transversais, Trabalho de campo, Metodologia, Globalização,
Pesquisa, Grade curricular, Ser humano integral, Interatividade
Aí, é só arrumar alguns colegas que também criam suas fichas e ver quem consegue preencher uma linha ou coluna primeiro. Só falta arrumar uma desculpa para um grito de “bingo” no meio da reunião.
Após o balanço do ano passado, é hora de discutir o que se pretende para o próximo ano, ou fazer uma reciclagem de conceitos. Formam-se grupos de estudo para que os professores, mais uma vez, coloquem a conversa em dia. O tema das discussões, em si, é discutido em meia dúzia de frases. Até porque conta-se nos dedos tais discussões que têm alguma utilidade prática, ou que é cobrado, de alguma forma, a aplicação do que foi discutido.
Ao fim da semana, os professores que ganharam alguma informação útil são aqueles que trocaram receitas ou dicas de pousadinhas simpáticas e baratas para um fim de semana na praia. E até o ano que vem.
Existe alternativa – Esse cenário é dolorosamente comum. O que poderia ser uma ótima ferramenta para motivar os professores, ser um diferencial competitivo e criar um bom clima para o começo do ano é desperdiçado em discussões intermináveis sobre os mesmos assuntos, sempre. Discussões das quais não se aproveita nada, ou muito pouco – afinal, não é pedido que os professores apresentem algum resultado palpável, mensurável, dos assuntos colocados em pauta.
Veja como montar uma semana pedagógica mais proveitosa:
1. Defina os objetivos – O que você pretende passar para seus coordenadores e professores? O que deve ser trabalhado durante os encontros? Esses objetivos não devem ser decididos no chute, mas devem fazer parte do planejamento da instituição de ensino. O que a escola quer para este ano, onde vocês desejam estar em dezembro. Planeje primeiro, aí defina os temas de sua semana pedagógica. 
2. Dê um enfoque positivo às realizações do ano – Você pode usar o momento da “retrospectiva” para motivar sua equipe docente. Leia cartas de agradecimento de alunos, pais e ex-alunos, mostre o envolvimento da escola com a comunidade e outras lembranças felizes ou de vitórias. Se quiser, peça que cada professor escreva um rápido parágrafo sobre o que aconteceu de melhor para ele aquele ano. Dessa maneira, todo mundo começará os trabalhos com um ânimo positivo, o que aumenta a geração de idéias e a produtividade. 
3. Lembre-se de que você tem públicos diferentes – Professores novatos devem conhecer a filosofia e os valores da escola, mas os educadores mais veteranos precisam de temas desafiadores, que auxilie-os a experimentar, tentar coisas novas. Certifique-se que sua semana pedagógica tem algo para esses dois públicos. Caso tenha que escolher, prefira nivelar por cima. Professores podem sempre ensinar uns aos outros, para que todos entendam o que está sendo dito. Ao contrário, se você nivelar a informação no nível mais baixo, irá perder o interesse e a atenção de boa parte de sua equipe. 
4. Sua equipe pedagógica precisa ser estimulada, assim como os alunos – Bons professores variam suas aulas, as formas de dar conceitos, criam exercícios diferentes e por aí vai. Sem isso, suas aulas tornar-se-iam (uau, uma mesóclise) uma cura para insônia. Bem, na sua semana pedagógica não é diferente. Procure diminuir o tempo das palestras, intercale-as com exercícios, proponha atividades diferentes que adicionem algo ao professor. 
5. Descontrair não faz mal a ninguém – Separe um espaço na sua semana pedagógica para fazer seu pessoal rir. O bom humor, a diversão, são uma das chaves para a participação e o melhor rendimento de pessoas. Você pode contar histórias pitorescas, montar um teatrinho com as situações que não deseja ver mais na escola, ou mesmo distribuir brigadeiros e refrigerante entre seu pessoal, sem motivo aparente. Fazer algo assim a cada dois dias é o suficiente para que sua semana pedagógica apresente resultados muito melhores. 
6. Dê algo com o que possam trabalhar – Lógico, você pode falar à vontade sobre as novas teorias de ensino, especialmente se detectar que sua escola e equipe precisa de uma garibada nesse setor. Mas dê preferência a exemplos que possam ser trabalhados por seus professores. Casos reais. Números. Porcentagens. Listas do tipo “as cinco coisas que o professor precisa saber sobre…”. É uma maneira de fazer com que as pessoas trabalhem melhor com os dados e cheguem a conclusões mais rapidamente. 
7. Faça com que a semana pedagógica tenha resultados aplicáveis – Você tem, à sua disposição, por várias horas, as mentes e os corações das pessoas que realmente fazem sua escola. Não as desperdice. Comece cada tópico de sua semana pedagógica com um objetivo: “Queremos definir aqui…”. “A idéia é que vocês criem um novo…” e outras do gênero. Aí, dê à sua equipe a oportunidade e responsabilidade de criar seus projetos e detalhar os passos de sua implantação. Com datas para apresentação de resultados. Deixe seu pessoal livre para criar, você acabará com diversas soluções para um mesmo problema. Então, é só escolherem a melhor. 
8. Estimule a criação de metas pessoais – Além das metas que vocês irão criar para a instituição de ensino, peça que cada professor crie sua meta para o final do ano. Pode ser adquirir um bem, levar os alunos para determinado passeio, escrever um livro, ser promovido. Pergunte se eles desejam fazer algum curso específico, prometa (e cumpra) trazer um especialista no assunto escolhido por eles. Estimule o progresso de cada membro de sua equipe, valorize-os, que a sua escola crescerá junto.

Com uma brincadeira bem humorada se pode enfocar quais os sete pecados capitais que podem comprometer o sucesso do trabalho em equipe.
OS SETE PECADOS CAPITAIS DAS EQUIPES

1º PECADO – “Espelho, espelho meu, existe alguém mais genial do que eu?” Ocorre quando alguém se acha estrela do time.

2º PECADO – “Guerra das Estrelas”. O que não falta nesse time são estrelas.

3º PECADO – “Os Três Mosqueteiros”. Versão reduzida em vez do famoso um por todos, todos por um, nesse grupo só acontece o todos por um. O líder só está interessado nos próprios objetivos.

4º PECADO – “Síndrome do Pinóquio”: Alguém mais acredita no que o líder fala? Ele(a) perdeu completamente a credibilidade.

5º PECADO – “Os Cavaleiros da Idade Média”. No passado, 
eles usavam armaduras por razões de segurança. Numa equipe, esse líder é o líder que se protege tanto a ponto de se tornar inatingível.

6º PECADO – “Os Adeptos de Noé” não é comigo: vale para líderes e membros de equipe que não assumem responsabilidades.

7º PECADO – “Missão Impossível:” É típico das equipes que não acreditam que podem atingir os objetivos
Fonte: Você S. A

Podemos também aproveitar e adaptar ao ambiente escolar os
SETES PECADOS CAPITAIS CORPORATIVOS
Não é só no Velho Testamento que os setes pecados capitais são dignos de reprovação. Se na bíblia essas atitudes são apontadas como um mal à alma, nas corporações são capazes de destruir qualquer negócio, incluindo sua carreira. 
Olga Colpo, especialista em Recursos Humanos e sócia diretora da consultoria PriceWalterhouse, defrontou ao longo de sua vida com muitos profissionais que caíram nessa armadilha. Gente que não sabe lidar com o sucesso do colega, que não teve humildade para aprender ou reagir negativamente às diversidades. Resultado: Equipes poucos produtivas, ambientes pesados e inimizades. Sem falar nas inevitáveis conseqüências negativas no negócio.
Olga Colpo extraiu um curioso painel sobre o reflexo da avareza, da gula, da imagem, da ira, da luxúria, da preguiça e da soberba no ambiente de trabalho e na carreira dos pecados corporativos. Não caia em tentação. 
1º PECADO – AVAREZA
Excessivo apego ao dinheiro. 
Não compartilhar ganhos, elogios e conquistas. Alto nível de estresse, baixa produtividade e motivação. A cooperação é obtida por meio do medo e do controle. 
2º PECADO – GULA
Excesso na comida e na bebida. 
Assumir responsabilidades excessivas, não delegar e afogar-se no próprio trabalho. Desequilíbrio na distribuição do trabalho, gerando acomodação de uns e baixo desempenho de outros. Tem desempenho fraco em função do excesso de foco na tarefa e falta na estratégia e inovação.
3º PECADO – INVEJA
Desgosto pela felicidade alheia. 
Sentir ressentimento pelo sucesso do colega. Ausência de cooperação, falta de compromisso e desconfiança entre as pessoas. Acaba sendo expurgado da equipe, mais cedo ou mais tarde.
4º PECADO – IRA
Raiva, indignação, desejo de vingança. 
Reagir de forma negativa. Ambiente pesado, estressado e com baixa produtividade. Expressa descontrole emocional e acaba tomando decisões pouco adequadas. Não costuma aprimorar com os erros.
5º PECADO – LUXÚRIA
Lascívia, sensualidade, libertinagem. 
Conseguir promoção com o poder da sedução. A formação do time tende a ser medíocre e os interesses pessoais acabam sobrepondo ao da empresa. Os profissionais normalmente constroem relações frágeis e interesseiras.
6º PECADO – PREGUIÇA
Aversão ao trabalho, negligência e indolência. 
Não demonstra interesse e se esconde das obrigações. Baixo desempenho. Terá uma carreira bloqueada e é candidato a demissão.
7º PECADO – SOBERBA
Orgulho excessivo, altivez, arrogância e presunção. 
Excesso de vaidade pelo próprio saber ou sucesso. Falta de humildade para ouvir e saber. Ambiente repleto de arrogância artificialismo e pouca preocupação com a comunidade. A pessoa não tem liderança efetiva e acaba ficando emburrecida e medíocre.
Fonte: Você S. A

A Educação do século XXI está em processo de grandes mudanças priorizando a cooperação, a interação e integração entre alunos/professores/coordenação/direção/pessoal do apoio. 
Assim ofereço mais este recurso, que foi por mim adaptado, em prol de um ambiente escolar saudável, coeso, produtivo e com um astral ótimo.

O laboratório Bristol-Myers Squibb desenvolveu há cinco anos, na matriz americana, o programa Leadership Team Bulding.
A filosofia do Bristol é que todos podem ser líderes


Segundo o Bristol, um líder:

1 – Age com senso de urgência. Estabelece grande expectativa de performance e dá suporte para que todos atinjam os resultados esperados.

2 – Considera todos os envolvidos na hora de tomar decisões e em suas ações.

3 – Encoraja a colaboração e toma decisões que são melhores para o todo ao invés do focar somente o indivíduo.

4 – Cria novas idéias e processos incentivando o grupo a tentar novos caminhos e a assumir riscos.

5 – Abraça as mudanças.

6 – É pró-ativo em prover oportunidades de desenvolvimento para outros. Dá constante feedback.

7 – Compartilha seu ponto de vista e opiniões mesmo quando essas possam ser negativas e impopulares. Encoraja a livre troca de informações e opiniões.

8– Está sempre pronto a solicitar ajuda e a ajudar os outros.

9 – Respeita opiniões e demonstra sensibilidade às diferenças.

10 – Concentra energia no que pode pessoalmente fazer em vez de responsabilizar outros pelas falhas. Não age como vítima

11 – Aceita as contribuições que outros dão e as reconhece. Dá créditos às pessoas e às equipes. 

12 – Possui atitude de vencedor. Alimenta a paixão por vencer.

13 – Age com ética, respeita os princípios, os valores e os comportamentos.

14 – Cria um ambiente de confiança, harmonia e aprendizado.
Fonte: Você S. A

Seguem alguns textos que podem ser utilizados como dinâmica reflexiva ou distribuídos como boas vindas.

A ESCOLA DOS BICHOS 
Rosana Rizzuti 
Conta-se que vários bichos decidiram fundar uma escola. Para isso reuniram-se e começaram a escolher as disciplinas.
O Pássaro insistiu para que houvesse aulas de
vôo. O Esquilo achou que a subida perpendicular em árvores era fundamental. E o Coelho queria de qualquer jeito que a corrida fosse incluída.
E assim foi feito, incluíram tudo, mas…
cometeram um grande erro. Insistiram para que todos os bichos praticassem todos os cursos oferecidos.
O Coelho foi magnífico na corrida, ninguém corria como ele. Mas queriam ensiná-lo a voar.
Colocaram-no numa árvore e disseram: “Voa,
Coelho”. Ele saltou lá de cima e “pluft”…
coitadinho! Quebrou as pernas. O Coelho não
aprendeu a voar e acabou sem poder correr também.
O Pássaro voava como nenhum outro, mas o
obrigaram a cavar buracos como uma topeira.
Quebrou o bico e as asas, e depois não conseguia voar tão bem, e nem mais cavar buracos.
SABE DE UMA COISA?
Todos nós somos diferentes uns dos outros e cada um tem uma ou mais qualidades próprias dadas por DEUS.
Não podemos exigir ou forçar para que as
outras pessoas sejam parecidas conosco ou tenham nossas qualidades.
Se assim agirmos, acabaremos fazendo com que elas sofram, e no final, elas poderão não ser o que queríamos que fossem e ainda pior, elas poderão não mais fazer o que faziam bem feito.
RESPEITAR AS DIFERENÇAS É AMAR AS PESSOAS COMO ELAS SÃO.

As coisas em ordem…
Os grandes antigos, quando queriam propagar altas virtudes, punham seus Estados em ordem.
Antes de porem seus Estados em ordem, punham em ordem suas famílias.
Antes de porem em ordem suas famílias, punham em ordem a si próprios.
E antes de porem em ordem a si próprios, aperfeiçoavam suas almas, procurando ser sinceros consigo mesmos
e ampliavam ao máximo seus conhecimentos.
A ampliação dos conhecimentos decorre do conhecimento das coisas como elas são
(e não como queremos que elas sejam).
Com o aperfeiçoamento da alma e o conhecimento das coisas, o homem se torna completo.
E quando o homem se torna completo, ele fica em ordem.
E quando o homem está em ordem, sua família também está em ordem.
E quando todos os Estados ficam em ordem, o mundo inteiro goza de paz e prosperidade.
(Mestre Confúcio)

BEM-AVENTURANÇAS
Buda
“Bem-aventurados aqueles que sabem e cuja sabedoria está isenta de enganos e superstições.
Bem-aventurados aqueles que transmitem o que sabem de forma amável, sincera e verdadeira.
Bem-aventurados aqueles cuja conduta é pacífica, honesta e pura.
Bem-aventurados aqueles que ganham a vida sem prejudicar ou por em perigo a vida de qualquer ser vivo.
Bem-aventurados os pacíficos, que se despem da má vontade, orgulho e jactância, e em seu lugar situam o amor, a piedade e a compaixão.
Bem-aventurados aqueles que dirigem seus melhores esforços no sentido da auto-educação e da auto-disciplina.
Bem-aventurados sem limites aqueles que, por estes meios, se encontram livres das limitações do egoísmo.
E, finalmente, bem-aventurados aqueles que desfrutam prazer na contemplação do que é profundo e realmente verdadeiro neste mundo e na nossa vida nele.”
Extraído do livro “Grandes Vidas, Grandes Obras”
Seleções do Reader’s Digest, pág. 275


CORRER RISCOS 
Rir é correr risco de parecer tolo.
Chorar é correr o risco de parecer sentimental.
Estender a mão é correr o risco de se envolver.
Expor seus sentimentos é correr o risco de mostrar seu verdadeiro eu.
Defender seus sonhos e idéias diante da multidão é correr o risco de perder as pessoas.
Amar é correr o risco de não ser correspondido.
Viver é correr o risco de morrer.
Confiar é correr o risco de se decepcionar.
Tentar é correr o risco de fracassar.
Mas os riscos devem ser corridos, porque o maior perigo é não arriscar nada.
Há pessoas que não correm nenhum risco, não fazem nada, não têm nada e não são nada.
Elas podem até evitar sofrimentos e desilusões, mas elas não conseguem nada, não sentem nada, não mudam, não crescem, não amam, não vivem.
Acorrentadas por suas atitudes, elas viram escravas, privam-se de sua liberdade.
Somente a pessoa que corre riscos é livre!
Seneca(orador romano)

MESMO ASSIM
As pessoas são irracionais, ilógicas e egocêntricas.
Ame-as MESMO ASSIM. 
Se você tem sucesso em suas realizações,
ganhará falsos amigos e verdadeiros inimigos.
Tenha sucesso MESMO ASSIM. 
O bem que você faz será esquecido amanhã.
Faça o bem MESMO ASSIM. 
A honestidade e a franqueza o tornam vulnerável.
Seja honesto MESMO ASSIM. 
Aquilo que você levou anos para construir,
pode ser destruído de um dia para o outro.
Construa MESMO ASSIM. 
Os pobres têm verdadeiramente necessidade de ajuda,
mas alguns deles podem atacá-lo se você os ajudar.
Ajude-os MESMO ASSIM. 
Se você der ao mundo e aos outros o melhor de si mesmo,
você corre o risco de se machucar.
Dê o que você tem de melhor MESMO ASSIM. 
Madre Tereza de Calcutá

O HOMEM, AS VIAGENS
O homem, bicho da Terra tão pequeno chateia-se na Terra 
lugar de muita miséria e pouca diversão faz um foguete, uma cápsula, 
um módulo toca para a Lua, desce cauteloso na Lua, pisa na Lua,
planta bandeirola na Lua, experimenta a Lua , coloniza a Lua , civiliza a Lua 
humaniza a Lua.
Lua humanizada: tão igual à Terra o homem chateia-se na Lua.
Vamos para Marte, ordena à suas máquinas. 
Elas obedecem, o homem desce em Marte, pisa em Marte, experimenta, coloniza, 
humaniza Marte com engenho e arte.
Marte humanizado, que lugar quadrado, vamos a outra parte? 
Claro diz o engenho sofisticado e dócil. 
Vamos à Vênus. O homem põe o pé em Vênus, vê o visto, é isto? 
Idem, idem, idem 
O homem funde a cuca se não for à Júpiter, proclamar justiça com injustiça, 
repetir a fossa, repetir o inquieto repetitório 
Outros planetas restam para outras colônias. O espaço todo vira Terra-a-terra. 
O homem chega ao Sol ou dá uma volta só para te ver? 
Não vê que ele inventa roupa insiderável de viver no Sol.
Oõe o pé e: mas que chato é o Sol, falso touro espanhol domado. 
Restam outros sistemas fora do solar a colonizar. 
Ao acabarem todos só resta ao homem (estará equipado?) 
A dificílima dangerosíssima viagem de si mesmo a si mesmo: 
por o pé no chão do seu coração, experimentar, colonizar, civilizar, humanizar.
O homem descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas a perene, insuspeitada alegria de con-viver. 
(Carlos Drummond de Andrade) 

SÍNTESE DAS ANTÍTESES
Lao Tse
Só temos consciência do belo, 
Quando conhecemos o feio. 
Só temos consciência do bom, 
Quando conhecemos o mau. 
Porquanto, o Ser e o Existir, 
Se engendram mutuamente. 
O fácil e o difícil se complementam. 
O grande e o pequeno são complementares. 
O alto e o baixo formam um todo. 
O som e o silêncio formam a harmonia. 
O passado e o futuro geram o tempo. 
Eis porque o sábio age 
Pelo não agir, 
E ensina sem falar, 
Aceita tudo que lhe acontece 
Produz tudo e não fica com nada. 
O sábio tudo realiza e nada considera seu
Tudo faz – e não se apega à sua obra 
Não se prende aos frutos da sua atividade 
Termina a sua obra 
E está sempre no princípio 
E por isto a sua obra prospera.

AS TRÊS PENEIRAS 
Sócrates
Um rapaz procurou Sócrates e disse-lhe que precisava contar-lhe algo sobre alguém. 
Sócrates ergueu os olhos do livro que estava lendo e perguntou:
– O que você vai me contar já passou pelas três peneiras?
– Três peneiras? – indagou o rapaz.
– Sim ! A primeira peneira é a VERDADE. O que você quer me contar dos outros é um fato? Caso tenha ouvido falar, a coisa deve morrer aqui mesmo. Suponhamos que seja verdade. Deve, então, passar pela segunda peneira: a BONDADE. O que você vai contar é uma coisa boa? Ajuda a construir ou destruir o caminho, a fama do próximo? Se o que você quer contar é verdade e é coisa boa, deverá passar ainda pela terceira peneira: a NECESSIDADE. Convém contar? Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade? Pode melhorar o planeta?
Arremata Sócrates:
– Se passou pelas três peneiras, conte !!! Tanto eu, como você e seu irmão iremos nos beneficiar.
Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos, colegas do planeta.

O velho , o menino e a mulinha
Monteiro Lobato 
O velho chamou o filho e disse:
- Vá ao pasto, pegue a bestinha ruana e apronte-se para irmos à cidade, que quero vendê-la.
O menino foi e trouxe a mula. Passou-lhe a raspadeira, escovou-a e partiram os dois a pé, puxando-a pelo cabresto. Queriam que ela chegasse descansada para melhor impressionar os compradores.
De repente:
- Esta é boa ! exclamou um viajante ao avistá-los. O animal vazio e o pobre velho à pé! Que despropósito! Será promessa, penitência ou caduquice? …
E lá se foi, a rir.
O velho achou que o viajante tinha razão e ordenou ao menino:
Puxe a mula, meu filho. Eu vou montado e assim tapo a boca do mundo.
Tapar a boca do mundo, que bobagem! O velho compreendeu isso logo adiante, ao passar por um bando de lavadeiras ocupadas em bater roupa num córrego.
- Que graça! Exclamaram elas. O marmanjão montado com todo o sossego e o pobre menino a pé…Há cada pai malvado por este mundo de Cristo…Credo ! …
O velho danou e , sem dizer palavra , fez sinal ao filho para que subisse à garupa.
- Quero ver só o que dizem agora…
- Viu logo . O Izé Biriba , estafeta do correio, cruzou com eles e exclamou:
- Que idiotas ! Querem vender o animal e montam os dois de uma vez …Assim , meu velho, o que chega à cidade não é mais a mulinha; é a sombra da mulinha…
- Ele tem razão, meu filho , precisamos não judiar do animal. Eu apeio e você, que é levezinho, vai montado. Assim fizeram , e caminharam em paz um quilômetro, até o encontro dum sujeito que tirou o chapéu e saudou o pequeno respeitosamente.
- Bom dia, príncipe !
- Por que príncipe? Indagou o menino .
- É boa ! Porque só príncipes andam assim de lacaio à rédea…
- Lacaio, eu ? esbravejou o velho . Que desaforo ! Desce, desce, meu filho, e carreguemos o burro às costas. Talvez isto contente o mundo… Nem assim. Um grupo de rapazes , vendo a estranha cavalgadura, acudiu em tumulto, com vaias:
- Hu! Hu! Olha a trempe de três burros, dois de dois pés e um de quatro! Resta saber qual dos três é o mais burro…
- Sou eu ! replicou o velho, arriando a carga. Sou eu, porque venho há uma hora fazendo não o que quero mas o que quer o mundo. Daqui em diante , porém , farei o que me manda a consciência, pouco me importando que o mundo concorde ou não. Já vi que morre doido quem procura contentar tanta gente ! 
(Do livro Fábulas de Monteiro Lobato)

Retirado do site:http://karlakayrone-servicosocialepedagogia.blogspot.com.br
Referências
http://www.profissaomestre.com.br/php/verMateria.php?cod=1142
http://serhonline.com.br/reflexivo/default.asp
http://textos_legais.sites.uol.com.br/a_gente_se_acostuma.htm 
http://www.pensador.info/p/boas_vindas/1/
http://ocantinhodalena.com.br/textosreflexivos/tr17/tr17.htm
 Postado pelo: http://educaja.com.br/2008/01/semana-pedagogica.html

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